sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
VISITEM ESTE BLOG...
O MEU AMIGO WHESLEY FAGLIARI,FILÓSOFO,PROFESSOR E POETA,DONO DO LINDO BLOG "AMIGO DA SOFIA",CRIOU UM NOVO ESPAÇO POÉTICO : NÔMADE ESCOLA DE POESIA ! UM ESPAÇO ONDE CONVIVEM POETAS DE OUTROS TEMPOS E LUGARES E, TAMBÉM, POETAS CONTEMPORÂNEOS...
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
LEIAM! ESCRITO POR UM CIGANO MATCHUAIA...
- Nuno.
- Não sei.
- Vivo.
- Em tudo.
- Humana.
- Não, não invadi, não saquiei, não expulsei e nem escravizei ninguém.
- Não matei em nome de Deus.
- Nos mataram em nome de Deus.
- Na inquisição espanhola nossas mulheres foram mortas como bruxas, os homens foram enviados para as galés e suas orelhas cortadas. O último refúgio para um perseguido era a igreja. Mas não para o cigano que mesmo dentro da casa de Deus, não encontrou abrigo. No holocausto não somos nem citados, mas 500 mil ciganos foram mortos. No julgamento de Nuremberg nenhum cigano foi chamado para falar da nossa dor. Entendemos que isto não foi obra de Deus e sim dos homens, que na sua ganância pelo poder deturparam a palavra de Deus.
com minhas pegadas,
com as rodas do meu carroção?
Que coração nômade me impulsiona, me guia?
Que ponto cardeal guia a agulha da minha bússola?
Meu sangue não conhece outros caminhos,
senão todos os caminhos do desconhecido.
Meu mundo é todo mundo,
e as fronteiras são riscos em mapas que não existem.
Sou gitano, sou meu norte, meu sul, meu leste e meu oeste.
Sou gitano, e o meu mundo é velho conhecido dos meus olhos.
E Novo Mundo é amanhã e sempre.
Meu pai, meu avô, meu tio,
com suas músicas e anéis,
cruzaram a Terra em xis,
na ida e na volta,
deixando em cada outeiro, berço e jazigo.
Nova pirâmide erguida a cada instância,
vindo de egípcios areais que meus olhos ferrabrases poliram.
Pólux é meu rumo, atlante meu caminhar.
Sou gitano, e meu canto é vida,
minha guitarra lamenta e compassa.
Minha alma trás vidrilho e medalhitas.
Traz esporas, traz touradas, banderilhas.
Meu ancinhar procura mais que ouro.
Quero a farroma e a festa, e não o ouro dos príncipes da terra.
Meu canto não faz reparo a damas ou meretrizes.
O fandango madraço ou vibrante
é o sino que respalda minha igreja.
Minha hóstia é o pão sarraceno,
meu purgatório é o jejum,
meu pecado é nenhum.
Não há quem mate por mim,
não há quem viva por mim. "
....................................................................................................... Que crime cometi?
Qual? Na sua História?
Mas participamos também da sua História,
nas embarcações sobre os rios e mares que vocês cruzaram.
O seu calendário não é o nosso.
A sua geografia não é a nossa.
Não entendemos a sua língua,
mas procuramos aprender.
Sim, somos os índios da Europa.
Nossa História está na nossa memória,
na nossa música e na nossa dança.
Nossa fala não tem desenhos.
A nossa língua é nossa Pátria.
E nossa língua é todas as línguas.
Quando estamos alegres ou tristes, dançamos.
Brancos, amarelos, vermelhos e negros.
Dividir as pessoas em cores...
Seria como se nós quiséssemos dividi-las por música, ou por dança.
Que estupidez ...!
(Pinturas de vários artistas retratando ciganos).
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
LETRA DE VENTO NEGRO...
(Compositor José Fogaça).
Onde a terra começar,
vento negro,gente,eu sou...
Onde a terra terminar,
vento negro eu sou!
Quem me ouve vai contar
quero luta, guerra não!
Erguer bandeira sem matar...
Vento negro é furacão!
refrão:
Com a vida,o tempo,a trilha, o sol,
um vento forte se erguerá
arrastando o que houver no chão.
Vento negro,campo à fora,vai correr...
Quem vai embora tem que saber...
É viração!
Nos montes, vales, que venci,
no coração da mata virgem,
meu canto,eu sei, há de se ouvir,
em todo meu país!
Não creio em paz sem divisão...
De tanto amor que eu espalhei,
em cada céu, em cada chão
minha alma lá deixei!
(refrão...).
Vento Negro (por Kleiton & Kledir e Vitor Ramil)
ESTA MÚSICA COMPOSTA E CANTADA POR GAÚCHOS,MINHA GENTE BOA DO RIO GRANDE DO SUL,ME EMOCIONA SEMPRE QUE A OUÇO! EMBORA NÃO SEJA UMA MÚSICA CIGANA,ELA TEM MUITO A VER CONOSCO...
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
ILÔ ROMANÔ...CORAÇÃO CIGANO!
AMAMOS A VIDA!
SOMOS ARTISTAS NATOS...
SOMOS EXÍMIOS EM TODAS AS ARTES.
NOSSA ALMA INQUIETA E AVENTUREIRA
BUSCA SEMPRE NOVOS CAMINHOS...
SERMOS FELIZES É A NOSSA META!
O CÉU SOBRE NOSSAS CABEÇAS,
A TERRA SOB OS NOSSOS PÉS,
AS CHAMAS ARDENTES DE UMA FOGUEIRA...
A COMPANHIA DE NOSSOS FAMILIARES E AMIGOS,
A MÚSICA DE UM VIOLÃO...UM AMOR CALIENTE!
UMA LUA REDONDA E BRILHANTE,
MIL ESTRELAS FAISCANDO NA NOITE!
SOMOS GITANOS...ROMS...CIGANOS...
O MUNDO INTEIRO É NOSSA PÁTRIA!
OPTCHÁ! OPHRÉ ROMHÁ!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
POVO CIGANO!
" Eles se movem como o sol e a lua. São nômades. Ou, antes, são como as ondas. Estão em toda parte. Chegam e partem rápido. Parecem o vento. Num momento estão aqui. No outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso alegre de suas mulheres. Não, não são vento. São os filhos-do-vento!"
(Trecho de um poema persa de 200 a 400 A.C. descrevendo o povo nômade que viera da região de Gujarat,India.)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
VIDA...
escorrem as horas.
Dentro de mim,guardadas,
todas as idades...
Nos meus olhos,
todas as paisagens.
Nos meus passos
o rumo de todos
os caminhos.
Nas minhas mãos
avidez de carinhos...
Na minha boca,
a sede insaciável
de palavras que não foram ditas.
Nos meus ouvidos
o eco insonoro das tuas promessas
não cumpridas.
Mas,apesar de tudo,
sobrevivi.
(CEZARINA MACEDO CARUSO-NOVEMBRO/2010.)
UMA EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS SOBRE OS CIGANOS(ROMHÁ) NA FRANÇA...
Uma viagem ao coração dos ciganos
(16/09/10 ) A exposição “Viagens pendulares, os ciganos no coração da Europa”, que está acontecendo no Centro de História da Resistência e da Deportação, em Lyon, propõe uma imersão no cotidiano de várias famílias de ciganos da Europa de Leste.
Um cotidiano que Bruno Amsellem acompanhou durante três anos, entre a França e a Romênia. O fotógrafo francês propõe agora uma viagem, em imagens, às idas e voltas de uma população estigmatizada.
ENTREVISTA COM O FOTÓGRAFO
Como surgiu a ideia desta exposição?
O projeto desta exposição surgiu após a expulsão do bairro da lata de Puisot, em Vénissieux, (arredores de Lyon) em 2007. Foi aí que vi, pela primeira vez, os ciganos a fugirem pelo campo, com os sacos às costas, antes de subirem a um trem com destino à Romênia. Eu trabalhava, na época, para o jornal Le Monde com Sophie Landrin. Decidimos, então, viajar à Romênia para compreender o que é que os motivava a vir para França.
Como é que conseguiu entrar em contato com estas famílias?
Desde 2002, que visitei várias vezes os edifícios ocupados e bairros de lata da região de Lyon. Depois, em 2007, quando decidi trabalhar esta história com mais profundidade, comecei a aproximar-me das famílias, primeiro sem máquina fotográfica. Esta aproximação podia demorar mais de uma dezena de dias. Pouco a pouco, começaram a compreender os meus objetivos e começou a criar-se uma relação de confiança. Também contei com a colaboração de outras pessoas,e com o antropólogo Thomas Ott, que apresentou-me a uma família com a qual parti para a Romênia.
(Tarzan, Crijma et Izabela Covaci. Rabagani, Roumanie, 04-09 ©) Bruno Amsellem/Signatures
Bruno Amsellem est représenté par la maison de photographes Signatures. www.signatures-photographies.com
Em termos de condições de vida destas famílias, quais são as diferenças entre a França e a Romênia?
É difícil fazer generalizações sobre esta população. Na Romênia, alguns ciganos vivem corretamente. Mas esta parte da população não é a mesma que encontramos nos bairros de lata franceses. Aqueles que saem da Romênia fazem-no, antes de mais nada, por não se beneficiarem de serviços de saúde. Ali não há segurança social, como em França. Não têm água corrente, nem eletricidade, mas sobretudo, nem todos os dias encontram algo para comer. E o último ponto importante, como sublinhava Tarzan, o patriarca de uma das famílias que acompanhei, eles não enviam as crianças à escola por terem medo que sejam agredidos. Ao viajarem para França esperam encontrar soluções para todos estes problemas. Escolarizar os filhos, uma vez que é obrigatório em França. Poder comer até ficarem saciados, pedir esmola, algo que não podem fazer na Romênia. No país, a maioria vive no campo e aqueles que vivem na cidade são marginalizados por uma grande parte da população romena.
O que é que o marcou mais durante estas viagens entre os dois países?
O que me tocou mais foi o interesse que os ciganos manifestam pelas outras pessoas. Ao telefone, perguntavam-me sempre: “Os teus filhos como é que estão? E o trabalho?”. Eles têm uma grande vontade de aprender e de integrar-se na população do país em que vivem. E reparei nisso, por exemplo, com Tarzan, quando pedia esmola na rua. Mantinha relações pessoais com algumas pessoas, pois estava sempre no mesmo sítio e tinha sempre uma anedota para contar. A maior parte das vezes, conhecia um pouco da história da pessoa que lhe dava esmola.
Para terminar, pensa que é um artista comprometido?
Comprometido, não sei. Considero-me um repórter fotográfico; a palavra artista incomoda-me. Este trabalho é antes de mais nada, um testemunho. Quero humanizar esta população e mostrar verdadeiras histórias humanas. Quero ir para lá das ideias feitas de que são todos ladrões, “clichês” que eu mesmo poderia partilhar antes de conhecer esta população. Talvez exista um pouco mais de delinquência entre eles, mas é também uma questão de sobrevivência. Trata-se essencialmente de pequena delinquência que não está generalizada a todos os ciganos. As famílias que eu segui são de uma honestidade impressionante.
« Voyages Pendulaires. Des Roms au cœur de l’Europe »
Exposição , de 17 Junho a 24 de Dezembro de 2010, no Centro de História da Resistência e da Deportação de Lyon,www.chrd.lyon.fr
Bruno Amsellem, Signatures, www.signatures-photographies.com
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010
AINDA...
AGUARDO AS PROMESSAS
SE CUMPRIREM...
SONHO COM OLHOS DE CRIANÇA
DESLUMBRADOS
COM MANHÃS NASCENTES.
GUARDO COMO UM TESOURO
DENTRO DE MIM,
A ESPERANÇA.
MEU CORAÇÃO É LAGO
ESTENDIDO
NOS REMANSOS DO TEMPO,
SERENAMENTE REPOUSADO
NA LÍQUIDA E CALMA SUPERFÍCIE.
MINHA ALMA É CONCHA,
GUARDANDO EM SEU BOJO
AS VOZES DOS VENTOS
QUE CANTAM AMORES.
NO MEU OLHAR DISTANTE
NAVEGA SUAVEMENTE
A SAUDADE
SOBRE UM MAR
DE LÁGRIMAS...
terça-feira, 2 de novembro de 2010
FESTA CIGANA EM HOMENAGEM À N.S.APARECIDA EM SÃO PAULO...
CINEASTA ARGELINO ENTREVISTADO PELA EURONEWS...
Tony Gatlif é um homem com uma causa. Durante 35 anos, Gatlif que é meio argelino, meio cigano, produziu e dirigiu filmes sobre os roma na Europa, um povo que considera ser, muitas vezes, incompreendido e discriminado.
No último filme, “Liberté”, lançado este ano, diz que 30 mil franceses de etnia cigana foram detidos e deportados durante a Segunda Guerra Mundial.
ENTREVISTA: EURONEWS: Este mês vai decorrer um encontro em Bucareste, sobre a integração das pessoas de etnia cigana na Europa. O que espera deste encontro?
GATLIF: “Que deixemos este povo em paz. Estas pessoas não pediram nada, nem fizeram a guerra. Nunca pegaram em armas. Nunca colocaram bombas. Essas pessoas querem, apenas, viver. Deixemo-los viver e que se encontrem formas para que possam subsistir como toda a gente, como todos as pessoas da Europa. E que paremos de lhes colocar etiquetas nas costas e de criar leis que atentam contra a sua vida.”
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TAGS: Ciganos na Europa, Minorias
sábado, 30 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Mergulhei dentro de mim.
E,dessas profundezas retornei inteira
e consciente.
Compreendi (finalmente!)
que girei...girei
_ a vida toda_
como cigarra aturdida
pela tua luz...
Para cair,asas desfeitas,
e morrer,depois de tudo,
na angústia extremada
de querer!
Busquei o inatingível.
E,nessa busca
cristalizei meus sonhos...
Pensei ser o teu amor absoluto
quando na vida,tudo é relativo!
Hoje,o vento da Realidade
soprou em meu caminho
quebrando a frágil porcelana
do meu Sonho,estilhaçando
em mil pedaços
o cristal das minhas emoções.
E,ao olhar-me no espelho
descobri que,todos esses anos,
fui,apenas, o teu reflexo!
CEZARINA MACEDO.-IN "A Livre Escrita"(II Coletânea Scriptus/2009/Editora Novitas).ISBN 978-85-62442-00-1.
domingo, 24 de outubro de 2010
OS CIGANOS NO BRASIL.
A trajetória dos ciganos no Brasil começa no ano de 1574 com a chegada do primeiro cigano que se tem notícia. Muitos eram nomeados Meirinhos da Corte, pessoas que levavam as notícias e comunicados do Reino a todas as Terras Brasileiras. Trabalhando também como Bandeirantes. Nestas inúmeras “levas” o número de Kalons era grande, e se destacavam com os principais sobrenomes: Monteiro, Savedra, Silva, Torres, Pereira, Ferreira, Lopes, Costa, Coelho, Carvalho, Torquato, Figueiredo e Alves, uma prova adicional de sua origem portuguesa.Os Ferreira vieram de clãs da Espanha. O Rom mais ilustre que chegou ao Brasil foi Jan Nepomuscky Kubitschek , que trabalhou como marceneiro em Diamantina . Conhecido com João Alemão, deve ter entrado no Brasil por volta de 1830-1835, casando-se pouco depois com uma brasileira. Teve 3 filhos . O primeiro foi João Nepomuceno Kubitschek, que viria a ser um destacado político. O segundo foi Augusto Elias Kubitschek, um comerciante. Augusto Kubitschek foi designado como delegado de polícia. Também consta que teve pelo menos uma filha, Júlia Kubitschek, que viria a ser a mãe de Juscelino Kubitschek. Ou seja, um dos mais queridos presidentes do Brasil do Século XX foi um cigano, ou pelo menos um descendente de ciganos.
O primeiro cigano que se tem notícia a chegar no Brasil, foi o cigano João de Torres que veio com sua mulher e filhos. Portugal desde 1526 já fazia leis (preconceituosas) contra os ciganos, e em virtude de precisarem de ferreiros e forjadores de armamentos os mandaram para esta Colônia distante para servir ao reino de Portugal.
Algumas destas “LEIS”, elaboradas pelo Reino Português eram absurdas, os livros que citam estas leis de processo documental histórico se encontram no Gabinete Real de Leitura Portuguesa, situado na Rua Luiz de Camões, próximo a Praça Tiradentes no Rio de Janeiro/RJ.
Em 1686, são expulsos de Espanha, Portugal e das Colônias Portuguesas na África,e ao virem para o Brasil entraram por Maranhão e Pernambuco, se espalhando aos poucos por todo Brasil. Os lugares que registram mais ciganos na atualidade são: Rio de Janeiro, (havia inclusive no Centro do RJ, há muito tempo atrás uma rua que se chamava Rua dos Ciganos. Hoje Rua da Constituição) Rio Grande do Sul e nas diversas fronteiras que tem o nosso país. Aqui nesta Terra, foi um pouco melhor, mas não deixaram de enfrentar preconceitos. Os que chegaram mais tarde ainda estavam sobre o domínio dos Portugueses,e eram proibidos de falar o Romanês.Esta lei só caiu em desuso no ano de 1900. Eram destinados a trabalhar na forja. Fabricavam ferraduras, ferramentas, apetrechos domésticos e outros. Inúmeros ciganos serviram ao Exército Brasileiro nas mais diferentes épocas, em busca de moedas de ouro e sossego. E quando as damas da corte sabiam que estes militares comandados eram ciganos, sabiam de ante mão que eram casados com ciganas e da-lhes as importunar, em busca de amor, poções e outros xavecos. As mesmas que exerciam seu preconceito, na ocasião das missas, freqüentavam suas Tsaras escondidas à tarde para tudo lhes pedir. E assim é até hoje para muitos. Muitos ciganos em virtude da sobrevivência, omitem o fato por causa do preconceito, só exercendo sua ciganidade em casa, e nas festas dos clãs, dos quais jamais se separam. Os gadjós (alguns), tem arraigado muitas “verdades” sobre nós e só nos querem em festas e bailes,ou para encantar magias ... Por isso nesta Nova Era os ciganos decidiram se abrir um pouco, para que seja amenizado este círculo de incompreensão sobre o nosso povo. E temos tido muito êxito, pois muitos gadjós, se aproximam como irmãos no mundo, se aproximam da beleza do universo cigano para trocar boas energias, graças a Deus. (RAMONA TORRES)
(PINTURA DE CEZARINA MACEDO CARUSO).
sábado, 9 de outubro de 2010
POVO CIGANO.
Povo Cigano é guardião da LIBERDADE. Seu grande lema é: "O Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião", traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cerceadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas. A vida é uma grande estrada, a alma é uma pequena carroça e a Divindade é o Carroceiro.
Em sua maioria, os ciganos são artistas (de muitas artes, inclusive a circense); e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. Rotulados injustamente como ladrões, feiticeiros e vagabundos, os ciganos tornaram-se um espelho onde os homens das grandes cidades e de pequenos corações expiaram suas raivas, frustrações e sonhos de liberdade destruídos. Pacientemente, este povo diferenciado, continuou sua marcha e até hoje seus estigmas não sararam.
Na verdade cigano que se preza, antes de ler a mão, lê os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos (para sentirem o nível de vibração energética) e só então é que interpretam as linhas das mãos. A prática da Quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino.
A família é a base da organização social dos ciganos . A KRISROMANI é uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade,ou seja os mais velhos, com a função de punir quem transgride, a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.
Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema.
O misticismo e a religiosidade, fazem parte de todos os hábitos da vida cigana. A maior parte deles acredita em um único deus (DEULA) em eterna luta contra o demônio (BENG). Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (TRAIO,SINA) contra a qual não adianta lutar. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos.
As crianças ciganas normalmente só freqüentam até o 1o. Grau nas escolas dos gadjés (não-ciganos), para aprenderem apenas a escrever o próprio nome e fazer as quatro operações aritméticas. A maioria das crianças não vai à escola com receio do preconceito existente em relação a elas. Claro que com o acelerado processo de aculturação, um bom número de ciganos, disfarçadamente, estão freqüentando as universidades e até ocupando cargos de importância na vida pública do país e já chegaram até à Presidência da República. (Washington Luiz e Juscelino Kubitshek).
Para o Povo Cigano, a Lua Cheia é o maior elo de ligação com o "sagrado", quando são realizados mensalmente os grandes festivais de consagração, imantação e reverenciação à grande "madrinha". A celebrações da Lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, do vinho e das comidas, com danças e orações. Também para os ciganos tudo na vida é "maktub" (está escrito nas estrelas), por isso são atentos observadores do céu e verdadeiros adoradores dos astros e dos sidéreos. Os ciganos praticam a Astrologia da Mãe Terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, através dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente mágicos ......
terça-feira, 21 de setembro de 2010
TUA CHEGADA...
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
ZAMBRA...O QUE É?
ZAMBRA
O Zambra ou Flamenco - Árabe é uma fusão de movimentos de dança do ventre, dança cigana e dança flamenca. Esta fusão deve-se a mistura de manifestações culturais anteriores ao surgimento do Flamenco que são:
Tartésicos - Habitantes do sul da Espanha, descendentes das dinastias egípcias que viviam à margem do Nilo.
Árabes - Que durante o século VII invadiram a Espanha, mais precisamente para a região da “Andaluzia” que passou a ser ocupada por dois povos árabes de diferentes regiões e culturas, os que procediam da Ásia, da região de Damasco ( Turcos – originalmente Mongóis ) e os Bérberes ( conhecidos também por Mouros ) provenientes do norte da África.
Ambos introduziram seus Costumes, sua música e sua dança ao povo andaluz, o que é muito perceptível no canto flamenco. Aliás, o Flamenco tem muito mais influências árabes do que a maioria das pessoas pensa, muitas nem imaginam que o Flamenco é muito mais árabe do que realmente espanhol, desde os movimentos da dança, a maneira de cantar e até os instrumentos utilizados.
Ciganos egípcios e indianos - Que mais tarde em 1447 se estabeleceram na região andaluz trazendo consigo suas tradições e costumes.
As performances de Zambra são uma mistura de coreografia e improvisação. As danças de grupo e em duo são habitualmente coreografadas, enquanto as apresentações solo são improvisadas e variam de acordo com o estilo, personalidade e estado de espírito de cada bailarina.
É uma dança em que se pode mostrar toda nossa criatividade e emoção porque é uma dança livre onde podemos mostrar belos trabalhos de saias e deslocamentos da dança cigana, movimentos tremidos, ondulatórios e sinuosos da dança do ventre, e movimentos de mãos, braços e giros da dança flamenca.
A criação do figurino também é livre e à escolha de cada bailarina, podendo utilizar-se de acessórios dos três estilos de dança, desde que utilizados com “bom senso” para não sobrecarregar a imagem. A palavra“Zambra” vem do árabe “Samra” nome que designava as festas mouriscas na península hispânica caracterizadas por muita alegria. Samra também significa morena...(Extraido do Blog da professora de dança do Ventre Janahina Borges).
terça-feira, 7 de setembro de 2010
MAPA...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
MINHA PÁGINA...
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
ALMA GITANA...
Minha alma arde,suspira,sonha...
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Quanta injustiça!
terça-feira, 17 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
NOTURNO ...
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
LEMBRANÇA...
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
MEU DESTINO.
MEU DESTINO É SER POETA...
sábado, 19 de junho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
Cigana Rosa Maria...
segunda-feira, 24 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
REFLEXOS...
HOJE,SINTO O PERFUME
DA MELANCOLIA INVADIR-ME
O SER...
SOU UMA CONCHA VAZIA,
PERDIDA...NUMA PRAIA
SEM FIM.
AS VOZES DOS VENTOS
AINDA SOAM,AGRESTES
NOS MEUS OUVIDOS...
TODOS OS VIOLINOS,
E, TODAS AS FLAUTAS
TOCADOS PELOS ELFOS
DA FLORESTA,SOAM
DENTRO DE MIM.
MEUS DESEJOS INERTES,CANSADOS,
ME LEVAM PARA BEM LONGE...
LÁ ONDE MORAM OS SONHOS E,
ONDE DEIXO,INQUIETO,
O CORAÇÃO.
MEU SER,CONCHA NACARADA,
BRANCA...IMACULADA,
VAI ROLANDO SEM RUMO
LEVADO PELAS ONDAS
DO TEMPO...
TRAGO VENTOS E ESTRELAS
NOS CABELOS.
ASAS NOS PÉS E,NO FUNDO
ABISSAL DOS MEUS OLHOS
A LEMBRANÇA DE OUTRAS DIMENSÕES.
SOU CRISTAL MULTIFACETADO,
TENHO ARESTAS,PONTAS,GUMES,ÂNGULOS
ONDE A LUZ DESPERTA FAÍSCAS,CHISPAS,
ESPECTROS DE COR...
domingo, 2 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
TRADIÇÃO CIGANA...
TRADIÇÃO CIGANA
Eles se movem como o Sol e a Lua. São nômades. Ou antes, são como ondas. Estão em toda a parte. Chegam e partem rápido. Parecem o vento. Num momento estão aqui. No outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso alegre de suas mulheres.
Não, não são o vento. São os filhos do vento.¨ ( Poema Persa – 200 a.c.) O mistério envolve o Povo Cigano como o ar que ele respira. Da Lua Cheia, retira a Magia; da Dança e da música, toda alegria; da Natureza, a força e a energia. Esse mistério muitas vezes torna o Povo Cigano esteriotipado e nosso conhecimento à respeito dele, muito superficial. Aprofundar-se nas leis que regem a Tradição Cigana, é conhecer valores que seriam motivo de orgulho para qualquer um de nós. São eles:
• Respeito à família, tendo-a como instituição suprema da sociedade
• Amor aos filhos, consideração e respeito aos mais velhos • Hospitalidade com Alegria
• Honrar a palavra dada
• Liberdade como condição natural da vida
• Obediência à hierarquia
Sob esses valores é que o Povo Cigano se mantém vivo até hoje, atravessando séculos e séculos de exílio e preconceito.Fugiram da Índia, com a invasão do Povo Árabe, atravessando a Pérsia, espalhando-se pela Europa, sofrendo todo tipo de perseguição. Resistiram. Foram massacrados peloNazismo e talvez milhares de vidas se perderam no Holocausto. Mas sobreviveram até hoje.Sua vida nômade, se examinada de perto, nada tem de glamoroso. No entanto, quando se pensa nos ciganos, o que nos vêm a mente é o seu Brilho. Independente de fatores externos, esse povo jamais se curvou a nada.
Em sua essência mantiveram-se fiéis às leis que regem sua tradição: RESPEITO, AMOR, ALEGRIA, HONRA, LIBERDADE E SOLIDARIEDADE. Se começarmos a praticar verdadeiramente esses conceitos, incorporando-os em nosso dia à dia, brilharíamos tanto quanto esse admirável povo.