SER CIGANO
“O Povo Cigano é um povo sensível que celebra a alegria
do dia a dia; vivemos com intensidade, como se o mundo fosse acabar amanhã. Quiçá,
demasiado cândidos e ingênuos, tanto que ainda cremos na palavra dada e
não honramos em virtude de nossas riquezas porém da capacidade moral e
ética.Protegemos e acompanhamos nossos velhos e nossas crianças. Vivemos
e compartilhamos coletivamente numa sociedade que estão convertendo em
homogênea, individualista e carente de sentimentos.”(Trecho extraído do
BAXTALO’S BLOG e traduzido do espanhol ).
(...) Importa não esquecermos os nossos valores, as nossas
crenças, o nosso jeito de ser. Porque para sermos ciganos: rons, calons, sinti,
etc., precisamos viver a filosofia de vida cigana. São muitos clãs, muitos
dialetos, maneiras e costumes peculiares abrigados debaixo de uma mesma
bandeira e hino, irmanados por uma tradição e cultura comum a todos. Alguém me
disse certa vez que um cigano sempre
reconhece o outro esteja onde estiver,pois a força do sangue nos aproxima como
um imã,um magnetismo misterioso. Acredito muito nisso. Acredito no poder do
destino que nos une e na força da amizade e da união!
Trecho extraído de meu artigo na Revista Janellá: HORIZONTES CIGANOS-2011.
HORIZONTES CIGANOS
O sol arranca chispas, faíscas
do cobre à beira das estradas...
O hoje vale mais que tudo!
A alegria e o pão.
A alegria e os abraços: a união.
Nas mãos os gestos e os compassos.
Nos corpos, a dança e o ritmo.
Embrulhada nos panos coloridos, a Dor
de ontem e de amanhã.
Escondido no sorriso de esperança,
o sofrimento de todas as injúrias.
Nas lágrimas que alagam os olhos
a lembrança amarga do Porhajmos...
Na boca o gosto de sangue.
No peito a coragem que não se entrega;
No coração ardente, o Amor.
Nas linhas que sulcam as mãos
a visão de destinos.
A terra desdobrando-se em promessas.
Os caminhos do mundo gritando:
Caminhar!É preciso!
Música e lágrimas, compasso e fogo...
Derramando-se em cristalinos acordes
Pandeiros, canções, violinos.
O rosto pálido da Lua brilhando, no escuro.
Mil estrelas faíscam surpreendidas,
enquanto as estradas, estendidas,
como longos tapetes,
apenas esperam os passos.
Ciganos!
Caminhar!É preciso!
O sol arranca chispas, faíscas
do cobre à beira das estradas...
O hoje vale mais que tudo!
A alegria e o pão.
A alegria e os abraços: a união.
Nas mãos os gestos e os compassos.
Nos corpos, a dança e o ritmo.
Embrulhada nos panos coloridos, a Dor
de ontem e de amanhã.
Escondido no sorriso de esperança,
o sofrimento de todas as injúrias.
Nas lágrimas que alagam os olhos
a lembrança amarga do Porhajmos...
Na boca o gosto de sangue.
No peito a coragem que não se entrega;
No coração ardente, o Amor.
Nas linhas que sulcam as mãos
a visão de destinos.
A terra desdobrando-se em promessas.
Os caminhos do mundo gritando:
Caminhar!É preciso!
Música e lágrimas, compasso e fogo...
Derramando-se em cristalinos acordes
Pandeiros, canções, violinos.
O rosto pálido da Lua brilhando, no escuro.
Mil estrelas faíscam surpreendidas,
enquanto as estradas, estendidas,
como longos tapetes,
apenas esperam os passos.
Ciganos!
Caminhar!É preciso!
CEZARINA MACEDO.
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