
sem culpas nem medos...
Me fiz aventureira
em territórios desconhecidos.
Perdi meus mapas, bússolas, sextantes
no denso emaranhado
de florestas escuras e savanas agrestes...
Mas, achei meu norte
quando a lua crescente
ceifava estrelas de prata,
apontando direções...
Deixei pra trás linguagens antigas,
bagagens já sem uso,
lembranças esquecidas.
Refiz meu tempo.
Acendi sóis em galáxias estranhas,
desbravei horizontes...
Hoje, traço rotas corajosas
em verdes mares bravios...
Sinto cheiro do vento no meu rosto,
e o arfar do convés, que me levanta
como corcel inquieto...
Solto os estais e enfuno as velas!
Meu coração bate mais forte...
Abro meus braços,deslumbrada: o mar me espera.
Seja o que Deus quiser!
Cezarina/2009.