ALGUNS TRECHOS DO POEMA DE J.G.DE ARAÚJO JORGE...
.
ÂNSIAS
(... )
Quero essa alma de céu que é a alma das crianças
e dos Poetas!
E essa paixão de louco pelas coisas belas,
- esse culto pagão
pela luz que escancara os olhos das janelas
e acorda a vida que dorme
e sonha, no chão!
Quero ser água e correr sem represas
por lugares diversos
e por terras estranhas,
odeio esse destino das montanhas
encarceradas dentro de si mesmas
e enterradas no chão ...
Que eu seja ao menos como um passarinho
para poder fugir ou me afastar
de onde homens estão!
Namorado das nuvens vagabundas
que sobrepairam picos e altitudes
flutuantes como véus,
amo a distância e a altura - a altura que deslumbra!
- a distância que atrai ... que empurra os horizontes
e os céus!
Andar como os rios andam, sem saber por quê,
saltar como as cachoeiras
gesticular como os galhos
e ser livre como o vento
que ninguém prende nem vê...
Cantar como as aves cantam
amar como as flores amam
à luz do sol, do luar, no aconchego de um ramo
e então gritar: - eu vivo! e então gritar: - eu amo!
Viver embriagado de espaço!
dos sons bárbaros da terra
do perfume das coisas
das árvores, do mar, dos campos sem cercados,
dos pássaros que voam tontos, deslumbrados,
e da cantiga das fontes!
Desconhecendo a prisão de todas as fronteiras
e amando a inexistência de todos os horizontes!
Ergo os olhos ao céu
ergo os braços para o alto
e canto um hino ao ar, ao sol, à liberdade!
( Poema de J. G . de Araujo Jorge
do livro " AMO ! " - 1938 )
.
ÂNSIAS
(... )
Quero essa alma de céu que é a alma das crianças
e dos Poetas!
E essa paixão de louco pelas coisas belas,
- esse culto pagão
pela luz que escancara os olhos das janelas
e acorda a vida que dorme
e sonha, no chão!
Quero ser água e correr sem represas
por lugares diversos
e por terras estranhas,
odeio esse destino das montanhas
encarceradas dentro de si mesmas
e enterradas no chão ...
Que eu seja ao menos como um passarinho
para poder fugir ou me afastar
de onde homens estão!
Namorado das nuvens vagabundas
que sobrepairam picos e altitudes
flutuantes como véus,
amo a distância e a altura - a altura que deslumbra!
- a distância que atrai ... que empurra os horizontes
e os céus!
Andar como os rios andam, sem saber por quê,
saltar como as cachoeiras
gesticular como os galhos
e ser livre como o vento
que ninguém prende nem vê...
Cantar como as aves cantam
amar como as flores amam
à luz do sol, do luar, no aconchego de um ramo
e então gritar: - eu vivo! e então gritar: - eu amo!
Viver embriagado de espaço!
dos sons bárbaros da terra
do perfume das coisas
das árvores, do mar, dos campos sem cercados,
dos pássaros que voam tontos, deslumbrados,
e da cantiga das fontes!
Desconhecendo a prisão de todas as fronteiras
e amando a inexistência de todos os horizontes!
Ergo os olhos ao céu
ergo os braços para o alto
e canto um hino ao ar, ao sol, à liberdade!
( Poema de J. G . de Araujo Jorge
do livro " AMO ! " - 1938 )
Um comentário:
Obrigada por esse poema prima.
Carinhosamente,
bjs grandes de todas nós
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