Coisa estranha a paixão!
Ontem,eu estava
parada,estática,
como estátua gelada.
Tudo na minha vida
era tranquilidade
e morna lentidão
de uma plácida lagoa,
lisa,parada.
Nenhum vento a soprar,
nenhum som.
Não havia dor e
nem felicidade havia.
Pacífica calmaria
de um espelho dágua
gelado.
Chegaste.
Um vento inesperado
encrespa minhas águas.
Hoje, sou correnteza e
inquietude.
E tu és tempestade,
és a tormenta,o vendaval.
Que me transforma
e que me deixa tonta...
A girar como uma folha seca,
ou louco catavento,
pelo ar.
Cezarina Macedo. (In " Harpa dos Ventos"/Editora Novitas/2009.ISBN 978-85-62442-01-8).
IMAGENS DO GOOGLE.
3 comentários:
Essa é de tirar o chapéu.
bjs de todas nós
Minha linda encantadora de versos,
Que primor é esse que alcançaste? Que exatidão escatológica é essa que entrelaçaste à sua alma cigana? Que beleza tão indescritível e inquietante é essa que cavalga em seus versos? Fico a ler-te e os vendavais dentro de mim gritam ao tornarem-se brisas... És bálsamo! Lindo texto lindo! Sabes que minha felicidade por ser seu amigo só cresce... Obrigado por existir e perfumar minha existência com suas fragrâncias ciganas!
Beijos!
Luz e Paz!
Cezarina,
Perfeição de palavras a descrever a mudança da alma humana por conta de algo tão lindo: a paixão.
Um beijo!
Alcides
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