Tela de Eduard Panov (1948-Rússia).
SONETO ANTIGO.
Responder a perguntas não
respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros
conto:
de mim, atravessada pelo mundo.
de mim, atravessada pelo mundo.
Toda a minha experiência, o meu
estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto ,
muda lição, que ninguém mais entende.
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto ,
muda lição, que ninguém mais entende.
O que sou vale mais do que o
meu canto.
Apenas, em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.
Apenas, em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.
Tudo é secreto e de remoto
exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.
Cecília Meireles
2 comentários:
Cezarina,
"Todos somos pura flor ao vento"
E que sejam sempre bons ventos!
Beijos!
Alcides
Olá!
O que comentar sobre o poema de Cecília Meireles?dispensa comentários,parabéns pela escolha,parabéns pelo blog,parabéns pelas imagens e parabéns para você com raizes cigana, te saudo.
Já estou a te seguir e cheguei aqui através da nossa amiga Martha Marquez.E faço o convite para que conheça o meu cantinho,espero que goste.
Felicidades, e tenha uma semana gloriosa.
http://wwwavivarcel.blogspot.com.br
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