Ucrânia em clima de pré guerra civil
Manchetes nos jornais e televisões do mundo inteiro,me fizeram buscar saber alguma coisa da vida dos ciganos nesse país...
Encontrei no "euronews" um artigo de 5 de julho de 2012,escrito por
400 mil ciganos vivem na Ucrânia
Mas mesmo nos guetos fechados, onde estão “entre eles”, os ciganos ucranianos não tem uma vida facilitada. Os que habitam em Berehove dormem em camas sobrepostas, constituídas por feno, papelão e farrapos velhos. Nas ruas repletas de lixo e de bricabraques incríveis, faz-se ferver a comida infame no chão, em grandes caldeirões pendurados por cima do fogo. Os cães vadios farejam livremente os bolinhos de batata dispostos sobre o solo. Lavam-se as roupas em águas sujas. “Mas, pelo menos, aqui, ninguém nos ataca”, dizem os habitantes. O único sinal de civilização são os telemóveis e as antenas parabólicas nos telhados esburacados. “Cozinhamos com água suja e fétida. Todas as crianças estão com diarreia. Rezamos para que, pelo menos, instalem uma bomba de água”, diz Aranka, que vive na “reserva” de Berehove com os seus oito filhos. Os adultos e as crianças sofrem de disenteria e tuberculose. As barracas são invadidas por ratos, que os habitantes tentam afugentar enviando os seus gatos famintos muitas vezes presos com trelas. Todos, tanto os jovens como os velhos, combatem os piolhos ao pintar o cabelo de um vermelho brilhante. Segundo as estatísticas das organizações ciganas, vivem na Ucrânia cerca de 400 mil ciganos. Mas segundo Rudolf Papp, conselheiro municipal de Berehove, é muito difícil determinar o número exato de habitantes deste pequeno local. Porque, em busca de uma vida melhor, as famílias estão constantemente a chegar e a partir. Para muitas delas, as únicas fontes de rendimento são as prestações sociais, como o subsídio de nascimento, os abonos de família e as pensões dos membros mais idosos da família. Mas na Ucrânia, a maioria dos ciganos não tem documentos de identificação. Dessa forma, não podem beneficiar dos abonos. Os ciganos não se queixam desta vida “atrás do muro”. Segundo Papp, o facto de o local estar isolado por um muro é uma coisa boa, tanto para a comunidade cigana como para a população local. Ninguém os obriga a ficar lá, podem circular livremente.
Mais adiante a repórter diz:
(...)O filme do realizador moldavo Émile Lotianu, Os ciganos vão para o céu, filmado precisamente nestas aldeias da Transcarpátia, tornou-se um culto.
Mas o romantismo cinematográfico abandonou há muito os acampamentos ciganos. Hoje, reinam a criminalidade e a miséria. Tal como nos outros países europeus, a sociedade ucraniana despreza os ciganos. Atualmente, apenas os grupos musicais tradicionais ciganos que tocam nos restaurantes obtêm a simpatia dos habitantes.
Segundo os defensores dos direitos do homem, os ciganos na Ucrânia são uma comunidade totalmente menosprezada, da qual ninguém quer saber. Como diz Volodymyr Batchayev, do Observatório ucraniano dos direitos do homem, citado pela Radio Liberty, “é um povo esquecido. O Governo não quer saber deles, dado que a solução que deveria ser implementada teria um custo muito elevado. São considerados um grupo étnico marginal”.
3 comentários:
Marginais são todos que discrimina esta gente linda que eu amo de coração...
Beijos eternos a este gente que se chama natureza e beleza..
Agora o presidente foi deposto. Torçamos para ventos bons.
Beijo!
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