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terça-feira, 4 de março de 2014

OS CIGANOS,OS ROMANIS,OS RRHOMA, COM FUTURO! ISTO É POSSÍVEL,APESAR DA DISCRIMINAÇÃO E DO PRECONCEITO...










(...)“Sem família o cigano não sabe viver. É de lei. (Linda Macedo Verani. calin do grupo do Catumbi, Calons sedentários do RJ.)
Minha família foi o melhor mestre que tive na vida. (cigano Antonio Martinez)
As crianças são muito importantes para os ciganos. A elas damos amor e carinho. Quanto aos mais velhos, são os que sabem mais, viveram mais, andaram mais por estradas, então sempre procuramos ouvir o que têm a nos ensinar. ( cigano Bôri Martinez)”.(Entrevistas extraídas do Livro  OS CIGANOS AINDA ESTÃO NA ESTRADA -CRISTINA Costa Pereira /Ed. Rocco/2009).
Se compararmos a educação tradicional cigana com a educação dos gadjons, certamente encontraremos muitas diferenças. Estas diferenças formam verdadeiros abismos entre as duas maneiras de educar. As escolas da sociedade não-cigana no Brasil, ainda não oferecem condições que possam conduzir a uma aproximação de culturas. Como se poderão conciliar duas diferentes visões de mundo?A cigana e a gadjê?Seria preciso que ambas as culturas dessem alguns passos em direção do entendimento comum, o que não acontece. Sem nenhum conhecimento das tradições e da cultura romani os não-ciganos não poderão aplicar em suas escolas uma educação formal que se aproxime da ética e da cultura que a família cigana transmite às suas crianças, pois estas ficarão perdidas sem saber qual verdade a ser aceita. Entretanto, em alguns países da Europa já existem algumas escolas que adéquam suas disciplinas, horários e períodos de acordo com a vivência das crianças ciganas. Muitas dessas escolas contratam professores de origem cigana e também é oferecida a aprendizagem de dois idiomas: o idioma do país e o Romani. Aí, sim, a educação é viável e possível.

Principalmente entre os nômades, no Brasil, a situação é difícil, pois o currículo escolar não pode ser cumprido, devido às deslocações das famílias durante longos períodos. A escola teria que ser sazonal, atendendo aos ciganos nômades e os circenses, durante sua estadia temporária nas cidades. Entretanto, isso é um processo muito difícil de ser aplicado, pois depende de todo um estudo e desenvolvimento de ações efetivas de parte das instituições governamentais  e também de uma conscientização  do povo cigano no sentido de trabalhar unidos pela melhoria das condições educacionais de suas crianças.Segundo alguns autores,a  única forma de melhorar as condições de vida dos ciganos é dar aos jovens oportunidade de uma formação educacional capaz de permitir-lhes acesso  a uma vida profissional mais plena e que nada fique a dever ao bem estar dos demais membros da sociedade em que estão  inseridos.(...) 

CezarinaMacedo.

FONTE:Revista JANELLÁ-SABER,CONHECER
(Trecho extraído do meu artigo:A FAMILIA CIGANA E A ESCOLA GADJÊ)-2011.


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